"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino". (Paulo Freire)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

QUAL O SEU PODER DE RESILIÊNCIA?

Por: Jucelino Gabriel da Cruz

A felicidade e realização pessoal e profissional é objetivo comum. E nessa busca, todo indivíduo está sujeito a sucessos e insucessos. Lutar pelos ideais é correr riscos. Acerca disso, vale refletir sobre um termo que foi e está sendo bastante discutido, a RESILIÊNCIA, que, segundo o dicionário Priberam, vem do inglês resilience, entendido pela física como a “Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.” E, no sentido figurado, ou no que tange ao ser humano, como a “Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.”
O que faz de um indivíduo um ser resiliente são as competências emocionais que ele possui. A capacidade de se reerguer dos sofrimentos de situações indesejadas faz parte das novas exigências para o mercado de trabalho de toda e qualquer empresa, e por que não considerar, de todos os momentos da vida. Certamente têm lugar garantido as pessoas adaptáveis, bem humoradas, confiantes e esperançosas. Esta habilidade pode ser desenvolvida ou ampliada.

A capacidade de lidar com emoções perturbadoras e impulsos, manter-se honesto e íntegro, ser responsável, apresentar ideias inovadoras e estar atualizado frente às novas informações são habilidades indicadoras de “autoregulação”, indispensáveis à vida social e profissional.

Isso só é possível graças à autoestima. Não existem barreiras para quem tem autoestima elevada. Ela é resultado principalmente de autoconhecimento. Junto a ela vem o otimismo. Sócrates já alertava: “Conheça-te e ti mesmo!”. Autoconhecer-se começa pela análise dos pontos positivos e negativos de si próprio. Conhecer as potencialidades pessoais e os pontos que ainda carecem de aperfeiçoamento é demonstração de “autopercepção”.

A vontade de se aproximar do outro, de querer que este faça parte ou continue no quadro de servidores de uma instituição é despertada quando se percebe indicadores de motivação e atitudes de amor e respeito próprio, bem como empatia e interesse pelos colegas e consciência da filosofia da instituição. Óbvio que é uma via de mão dupla, ou seja, a instituição deve propiciar um ambiente motivador também.

Gostaria de destacar a importância de saber ouvir. Esta é uma habilidade de poucos. Quando se ouve uma pessoa olhando-a nos olhos, emite-se a mensagem de que o que ela está falando é importante e que ela também o é. Conforme a situação, essa atitude pode ajudar no processo de resiliência do outro.

Cotidianamente amar as pessoas com um amor “Agapè”, ou seja, incondicional, sempre com pensamentos e ações positivas, incentivando-as e propiciando-as o crescimento pessoal e profissional, também se caracteriza como inteligência emocional. Aliás, o conhecimento técnico, por si só, não garante o êxito em nenhuma profissão. Ele deve se somar à inteligência emocional, que “significa administrar sentimentos de forma a expressá-los apropriada e efetivamente, permitindo às pessoas trabalharem juntas, com tranqüilidade, visando suas metas comuns.” As relações interpessoais quando bem solidificadas ajudam, e muito na coesão do grupo. Cada um tem uma importante contribuição em prol da instituição.

Mais precisamente em sala de aula, o educador emocionalmente inteligente, com autoestima elevada é capaz de minimizar casos de indisciplina e violência. Ele “Projeta nos alunos segurança, carinho, interesse e compreensão, motivando um ambiente acolhedor, e não um local de confrontos, castigos e punições.” Existem várias estratégias para tornar o ensino e aprendizagem atrativos. Na postagem anterior, já considerava que as atitudes do educador tem influência direta na vida dos educandos.

Qualquer que seja a função que desempenha ou planeja desempenhar, a vida que leva, é importante ter a disponibilidade de ser como a Fênix, que renasce das cinzas. Mentalizar que as dificuldades existem, mas que também existem as forças interiores para superá-las e que ninguém está sozinho neste mundo. Jamais se dar por vencido. A razão das dificuldades é manter a alerta, para que o indivíduo não possa se acomodar. Tirar proveito de tudo o que acontece na vida, inclusive dos problemas. Aí vale aquela máxima: “Na crise? Crie!” Essa é uma habilidade de ser resiliente.
Grande Abraço e Sucessos!

Referências Bibliográficas
Goleman, Daniel – Trabalhando com a Inteligência Emocional, Rio de Janeiro, Objetiva, 1998

http://www.algosobre.com.br/carreira/a-importancia-da-resiliencia-na-gestao-de-carreira.html, acesso em 14 de fevereiro de 2010

http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx

Hunter, James C. – O Monge e o Executivo – Uma História Sobre a Essência da Liderança, Rio de Janeiro, Sextante, 2004

Simka, Sérgio em: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=10962, acesso em 15 de fevereiro de 2010

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