Por: Jucelino Gabriel da Cruz
Será que a era da leitura e escrita está para terminar? Para responder gostaria de citar o resultado da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada em 2007 e divulgada no ano de 2009 pelo Instituto Pró-Livro, em parceria com o IBGE, afirmando que cresceu o número de leitores no Brasil. É de se destacar que essa pesquisa foi realizada numa época em que, também segundo o IBGE, cresce o número de brasileiros com acesso a internet (75,3% em três anos). Estão ao alcance os livros digitais e outros textos on-line.
Nas escolas públicas temos os livros didáticos, que representam uma ferramenta a mais no trabalho pedagógico, senão a mais importante, conforme a realidade de algumas escolas que não possuem sequer acesso à internet e uma biblioteca com obras diversificadas. Nessas condições, cabe ao educador buscar outros meios para enriquecer sua metodologia de ensino de maneira a propiciar uma aprendizagem significativa.
O livro é essencial. Pensar sobre sua importância é pensar sobre a própria essência do ser humano, no que tange sua constante capacidade de formação e evolução. Sem sombra de dúvidas cada um enumeraria diversas situações em épocas diferentes em que este objeto foi amigo capaz de apontar soluções e entreter, mesmo com o advento das novas tecnologias e da internet, principalmente. Seguramente ele continuará tendo seu espaço.
Por outro lado, não se pode acomodar. É de se destacar a necessidade de obras cada vez mais completas e atrativas para continuar conquistando seu público fiel, assim como as novas gerações de leitores. É preciso inovar, reinventar. Acredito que o investimento em bibliotecas públicas, também com conexão à internet pode se constituir um casamento perfeito, uma vez que é impossível acessar as informações em contextos sem internet.
Certamente é de suma importância conservar o saber coletivo, entretanto, na atualidade, o material impresso é apenas mais uma maneira de se fazer isso, e não é ecologicamente correta. Seja o livro impresso ou digital, o importante é gostar de ler. Muitas pessoas preferem o bom e velho livro impresso.
Despertar esse hábito nas crianças, adolescentes e jovens significa se preocupar com a formação de novos escritores, uma vez que para ser um bom escritor, primeiramente deve ser um bom leitor.
Tema muito pertinente esse, meu Caro. Realmente interessante e polêmica essa discussão.
ResponderExcluirPenso que o livro impresso conquistou seu lugar na vida das pessoas, e que dificilmente será de todo substituído pela modernidade. O livro virtual, e-book, certamente contribuirá para complementar o livro impresso, pois tanto um quanto o outro apresentam vantagens e desvantagens. Acredito que para quem é apaixonado por livros, certamente não trocará o prazer de ir às livrarias, escolher pessoalmente, tocar, folhear, decidir por este ou aquele, apreciar os detalhes, que são encontrados apenas, nos impressos. José Saramago coloca de forma muito interessante e verdadeira que: "Uma carta de amor enviada por e-mail nunca poderá ser perfumada, marcada por um beijo com batom, ou molhada por uma lágrima".
Márcia,
ResponderExcluirPerfeita contribuição a sua! É bem verdade. A tecnologia propicia alguns melhoramentos na vida cotidiana, mas não muda por completo os nossos hábitos, basta levarmos em consideração a diversidade cultural, econômica e social do nosso país.
Felicidades e boas realizações!